Resenha: Papa- Capim- Noite Branca

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É difícil ser imparcial quando faço as resenhas de MSPs da Turma da Mônica, a nostalgia bate forte nessas horas e acaba ficando quase impossível de não amar. Papa-Capim: Noite Branca foi a Graphic MSP que mais me deixou empolgada quando foi anunciada, por ser tratar do querido índio Papa- Capim e por ser a primeira com a temática terror.

Com arte de Renato Guedes e o roteiro de Marcela Godoy, não tinha mesmo como Noite Branca ser ruim. Unir esses dois talentos em uma história que mostra os conhecidos indiozinhos mais crescido, enfrentando uma típica lenda aterrorizante é garantia de sucesso.

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Em Papa-Capim: Noite Branca, os índios estão um pouco mais velhos do que estamos acostumando a ver nos quadrinho de Mauricio de Souza e Papa-Capim está tentando provar que já é um homem e possui o que é preciso para se tornar um grande guerreiro. Em certo momento ele encontra um guerreiro de outra tribo seriamente ferido e descobre se tratar do único sobrevivente da misteriosa Noite Branca.

A ameaça cai sobre a tribo de Papa-Capim, mas o jovem é o único que consegue perceber os sinais. Ignorado pelos outros, cabe a ele a missão de salvar a aldeia e seus entes queridos desses desconhecidos e mortais inimigos.

Não há como negar que Marcela Godoy fez uma pesquisa incrível para deixar Papa-Capim: Noite Branca cheio de ricos detalhes da cultura indígena. Para criar os Noite Branca, a roteirista diz ter se inspirado nos Tatus Brancos, uma tribo de índios canibais de Minas Gerais que viviam em cavernas e saiam apenas de noite, e nos vampiros europeus, que foram uma grande referência nos personagens.

Noite Branca

Papa-Capim: Noite Branca é uma obra fantástica, boa parte pelas referências. Entretanto, sua maior qualidade é também seu maior defeito. As referências que tanto ajudaram a deixar a história incrível também prejudicaram, já que a mesma fica bem mais interessante quando lemos os extras. Isso não chega a ser um grande problema, na realidade é uma questão de perspectiva, lemos com o mesmo grau de conhecimento que os índios sobre seus inimigos para só depois descobrir mais sobre eles, isso pode ser bom ou ruim, dependendo do gosto do leitor. Analisando a fundo, pode até mesmo ser uma analogia à chegada do homem nas terras indígenas.

Papa-Capim: Noite Branca com certeza vale o dinheiro da compra, principalmente para os mais nostálgicos que, como eu, se diverte apenas em ver uma nova versão dos personagens que nos acompanharam durante toda a infância.

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