França: um país europeu que remete ao romantismo, ao encontro de almas, onde muita coisa se une, muitas pessoas encontram coisas perdidas, onde várias outras decidem começar algo maior. Também é um lugar de estilo, famoso pela delicadeza das mulheres, pelo estilo chique e pela dedicação pessoal. Não somente isto é um lugar cheio de aromas e sabores, com doces famosos no mundo inteiro.
Nos Estados Unidos, Heidi é uma mulher que está sofrendo há dois anos pela perda de seu marido. Um acidente cruel tirou de sua vida o grande amor, o verdadeiro e único grande amor que ela conseguiu após um longo processo. Heidi dependia completamente do seu marido no sentido da afeição, de cuidar da casa, das tarefas, de como agir em emergências, de como saber lidar com pessoas e principalmente como lidar com o filho dele: Abbot.
“ Henry não havia sido apenas o meu marido. Ele também era meu sócio. Cresci preparando tortas requintadas, achando que a comida era uma espécie de arte, mas Henry me convenceu de que comida é amor.” Pág. 10
Heidi agora precisa enfrentar com muita garra a vontade de continuar a vida, e a primeira questão é o casamento de sua irmã. Ver todo aquele momento de romance não é a coisa certa nem o momento certo e tudo parece tão errado que nem sua Loja de Bolos está em dia com sua dedicação.
E depois disto tudo a casa que a mãe e as irmãs passavam as férias na Franca, em Provence, acaba passando por uma tragédia. O fogo parece ter consumido uma parte da moradia e ninguém mais adequado do que Heidi pode ir até lá para ver como tudo ficou e reformar novamente a residência. A redescoberta de sentimentos vai ser um novo desafio para todos os envolvidos.
Lógico que a Novo Conceito acertou em cheio ao publicar este romance. Eu considero a autora bastante parecida com a escrita perfeita da Lucinda Riley ou da Kristin Hannah, que são minhas duas autoras do estilo de drama em romance que adoro muito. Neste contexto não poderia elogiar da melhor forma.
É um livro que vai falar sobre uma sensação de perda, sobre a questão do luto tanto por parte da esposa quanto por parte do filho, como toda essa sensação é difícil quando é necessário seguir em frente, a necessidade de superação, da amizade, do desafio de novas descobertas e de como a responsabilidade de segredos que vêm à tona fazem com os personagens se unam cada vez mais.
“Olhei para os degraus da entrada da nossa casa com os olhos de um estranho. Porque eu sou uma estranha aqui, pensei. Havia vasos que eu tinha negligenciado por mais de um ano. Peguei um deles e despejei a terra nos arbustos que cercavam a casa e então esvaziei outro. Àquela altura, eu já estava chorando, com a respiração agitada.” Pág. 107
E foi assim que me apeguei mais à história. A forma como nada foi um clichê. Que eu poderia esperar que tudo corresse de uma forma, mas foi sendo moldada mais para o estilo moderno, em que nem sempre é necessário seguir uma rota concreta.
E junto a isto a embriaguez do cenário francês, da beleza da descrição e da familiaridade com outras histórias que li. É um livro para se ler tranquilamente e se apaixonar, mesmo que não seja um livro de amor e paixão. Um livro assertivo e com um final inebriante que me fez chorar.
Um final que começa nas primeiras páginas e que se conclui mais que perfeitamente lá nas últimas. Quero mais da autora. Muito mais!