Review | It Takes Two

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It Takes Two lançado pela EA no Brasil, é um jogo cheio de inspiração, sendo impossível não o comparar com as animações da Disney Pixar que transporta o jogador para uma história genial com emoção em um quebra-cabeça-plataforma 3D formidáveis. Os designs dos níveis funcionam perfeitamente com a jogabilidade cooperativa, o que também se reflete na história de May e Cody.

Começar uma review já entregando que o game é sem dúvida alguma um dos melhores do primeiro semestre, é praticamente um spoiler. Mas é impossível não jogar It Takes Two e não se emocionar com cada passagem do título e não querer falar bem do título.

Aqui a jornada do herói é totalmente diferente, pois é a jornada do jogador! E ela é totalmente imprevisível. Todos estão acostumados a apenas evoluir com alguns novos movimentos ou golpes seus personagens, mas em It Takes Two, isto é levado a outro extremo, pois nunca o jogador saberá quais são as novas habilidades dos personagens.

Review | It Takes Two 1
Imagem: EA / Hazelight

Outro aspecto interessante deste game é o seu gênero, opa, qual gênero? Ele acaba por ser um jogo que mistura pilotar avião, atirar, lutar entre tantas, que o jogo se torna muito mais do que interessante. E novamente, é mais um ponto positivo, pois se está cansado de games repetitivos, It Takes Two está longe disto.

O ciclo de jogo revigorante de It Takes Two e o foco pesado na cooperação e no tempo resultam em alguns dos mais satisfatórios quebra-cabeças, plataformas e combates que já foram apresentados em muito tempo. Daí fica a pergunta: por que ninguém fez isto antes?

It Takes Two é a consagração da visão de Josef Fares, e um salto bem merecido para a sua empresa, a Hazelight. Se procura um jogo para jogar com um amigo, uma experiência onde possa respirar a paixão dos seus criadores ou simplesmente é apaixonado pelos games com conteúdo, It Takes Two é algo que não vai querer perder.

História

Review | It Takes Two 2
Imagem: EA / Hazelight

A história de It Takes Two é claramente inspirada em aventuras animadas para famílias em perigo, como Toy Story, Frozen e Madagascar. Uma jovem está chateada porque sua mãe e seu pai estão se divorciando e quando ela chora sobre duas bonecas que ela fez, as mentes de seus pais são transferidas para esses corpos em miniatura de tecido e argila.

Guiados por um livro de autoajuda sobre relacionamento falado chamado Dr. Hakim, eles devem trabalhar juntos para voltar para sua filha, salvar seu relacionamento e reverter o feitiço.

Desafio

Review | It Takes Two 3
Imagem: EA / Hazelight

Através de uma série de belos ambientes domésticos – de uma oficina a um jardim e a uma casa – It Takes Two oferece um desafio envolvente para dois jogadores construído a partir de quebra-cabeças assimétricos inteligentes. Combinando seções de plataformas, elementos de corrida e alguns teasers mentais, o jogo geralmente tem um personagem correndo, pulando e escalando enquanto o outro prepara a rota.

Isso pode significar disparar uma pistola de pregos para criar apoios para as mãos na parede ou completar um circuito elétrico enquanto a outra pessoa aperta um botão. Crucialmente, os jogadores devem falar e planejar, e os personagens geralmente recebem diferentes dispositivos que precisam ser usados juntos para serem eficazes.

Na seção do jardim, um jogador usa uma bazuca que atira mel altamente inflamável (não pergunte, apenas vá com ela), enquanto o outro dispara fósforos para acender os globos do líquido pegajoso.

Vale mesmo ou é apenas modinha?

Review | It Takes Two 4
Imagem: EA / Hazelight

It Takes Two chega na hora perfeita e é uma aventura que vai aquecer o seu coração. Além disso é muito bem roteirizado, com uma trama que mantém seu padrão e personagens bem construídos. Como bem dito durante as aulas de roteiro da Fábrica de Ideias Cinemáticas (FIC´s), o game possui os elementos certos para fazer sucesso: empatia e um conteúdo social.

Não adianta apenas expor seus personagens a perigos que todos sabem que não são perigosos se realmente não houver um componente que dê medo em quem joga ou assiste. O roteirista tem que ser cruel com os heróis, fazer com que sofram a cada instante e aprendam tudo o que não quiseram em sua vida.

E aqui é isto o que acontece com os “bonequinhos”, como explicado pelo roteirista Rafael Peixoto utilizando a animação Procurando Nemo em seu comentário no curso da FIC´s: perder tudo diante de seus olhos (seu filho sequestrado), tomar vários tapas a respeito de seu ego (Marlin o sabe tudo e não escuta Dory), até começar a entender por tudo o que passa, para finalmente – e talvez -, matar quem era para se tornar uma nova pessoa.

Portanto como bem exposto em algumas discussões da FIC´s que dão mais do que mérito ao título da Hazelight e é o que faz de It Takes Two um ótima game: uma história que é para todos e não apenas um conjunto de acerte os botões na hora certa. O conteúdo está ali, agora só precisa ser vivido pelo jogador.

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