Ben hur

Os atores Rodrigo Santoro e Jack Huston participaram de coletiva de imprensa nesta terça-feira (2) em São Paulo para lançar “Ben-Hur”, refilmagem da superprodução de 1959. Rodrigo Santoro faz o papel de Jesus Cristo e Jack Huston o protagonista Judah.

Muito simpáticos, os atores falaram sobre a produção e experiência pessoal ao dar vida a esses personagens.

Rodrigo começou falando sobre sua evolução pessoal como ator “ Evolução é um trabalho diário, essa experiência provou que tenho muito a melhorar”, disse. “Trabalho a auto evolução todo dia, pratico yoga e Meditação. Esse papel foi uma jornada pessoal.” Confidenciou o ator.

Quando questionado sobre as diferenças na primeira versão do filme e na atual, Jack disse:

“Para quem viu a primeira versão de Ben-Hur, sabe que foi maravilhoso porque naquele momento ninguém tinha visto nenhuma infraestrutura daquela, mas a atuação era muito “teatral”. Já nesta versão, focamos em modernizar essa atuação e a história em si, para que os espectadores modernos pudessem se identificar com a história. Há uma mensagem de redenção, bondade e que é fundamental para os dias de hoje”.

Rodrigo Santoro interpretou Jesus Cristo, um papel muito importante. Quando questionado sobre a cena de crucificação, o ator se emocionou e precisou de alguns segundos para se recompor.

“Foi uma cena fortíssima, eu nunca vou me esquecer. Depois eu congelei, não me lembro do que aconteceu”, disse. “É uma sensação indescritível estar pregado numa cruz e tendo de dizer aquelas coisas.”

Depois, Rodrigo ainda brincou: “Só não vale colocar ‘Rodrigo se emociona na coletiva'”. Ainda brincou mencionando Jack Huston em uma possível manchete “Ator vem da América para ficar 30 segundos se coçando de constrangimento.

Ainda sobre o papel: “Foi um trabalho muito diferente de qualquer outro, foi uma jornada íntima e espiritual também. A ideia é evoluir como homem, como artistas, amadurecer e evoluir. Essa experiência que tive, me trouxe a certeza de que a gente precisa ir além, arregaçar as mangas para que as coisas aconteçam. Tenho tantos defeitos quanto qualidades, mas todos os dias me concentro em melhorar. Esse trabalho me ajudou muito, me ensinou muito, reescreveu coisas na minha vida, minha própria sensibilidade, minha própria relação com a imagem de Jesus Cristo.. Não dá para resumir e nem enquadrar nada”, relatou Santoro.

A primeira versão de Ben-Hur foi passada em 1959 e levou 11 Oscars. Jack comentou sobre a responsabilidade de refilmar um clássico como esse.

“Eu conhecia a primeira versão muito bem e cresci assistindo. Quando soube do filme, li o script e acreditei muito naquilo. Eu me senti honrado se poder fazer parte dessa história”. O ator ainda afirma que não considera esse novo filme um remake, para ele os valores que esse novo longa passa são diferentes e únicos.

Sempre temos curiosidade em saber se um ator brasileiro sofre algum tipo de preconceito em outro país, segundo Santoro “Existe o estereótipo, mas preconceito não. Tem muito a ver com a forma que você se comporta, se relaciona, como você reage com o mundo. Tive ótimas experiências lá fora e aqui também”.

Umas das cenas mais interessantes de Ben-Hur mostra dois personagens em uma perigosa corrida de biga. Huston contou que a cena foi gravada do modo mais realista possível e ele ficou bem receoso.  “Foi muito real, bem assustador. Foram três meses e meio de prática para conseguir controlar os quatro cavalos em cima da carroça. Foi uma linda coreografia”, disse. O ator ainda brincou dizendo que o diretor teve que lembrá-los de atuar, pois estavam com expressão de assustados enquanto controlavam os cavalos.

Ben-Hur chega aos cinemas brasileiros dia 18 de agosto.

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