Crítica | Shazam!

O filme mais divertido e fiel da DC

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Maior aposta atual da DC, Shazam! vem acertando desde de sua primeira divulgação. Mostrando muito pouco de sua trama, trailers que aparentavam representar muito bem o personagem e um elenco perfeitamente escolhido, a produção aguçou o interesse e ansiedade do público. Ficava apenas a dúvida, será que o filme seria mesmo de qualidade ou era apenas um bom trabalho de marketing?

Pois bem, Shazam!, na realidade, apresenta uma qualidade bem superior ao esperado. O roteiro de Henry Gayden consegue captar a essência do personagem, transmitindo a inocência infantil em conjunto com o peso da responsabilidade.

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Shazam! | Imagem: Warner Bros.

Após receber os poderes de um mago, Billy Batson (Asher Angel) ganha a capacidade de se transformar em um super-herói quando grita a palava Shazam. Nessa transformação, ele se torna um homem adulto (Zachary Levi) e consegue usar seus poderes: A sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio. Billy passa seus dias tentando se adaptar às mudanças- e aproveitando de seus poderes na vida cotidiana-, até que o surgimento de Dr. Thaddeus Silvana (Mark Strong) mostra que há obrigações a serem cumpridas.

  • Conheça a origem de Shazam! nos quadrinhos clicando aqui.

Muito foi divulgado das cenas – geralmente cheia de humor-, de Zachary Levi, mas pouco foi mostrado do elenco infantil, que é a parte que realmente se destaca do filme. Levi faz um ótimo trabalho, sua atuação consegue transmitir uma criança presa em corpo de adulto, porém, por melhor que seja sua participação, ficou com a parte divertida do personagem. As responsabilidades e carga emocional ficam por conta do elenco mirim, que faz bonito.

Representando garotos órfãos, Asher Angel e Jack Dylan Grazer constantemente precisam mostrar a dor por trás de suas piadas e isso fica bem exposto no longa. Fica claro que são personagens que passaram por muitas dificuldades e usam do humor para esconder suas frustações. Billy, que tem todo seu abandono explorado, entrega momentos rápidos e emocionalmente certeiros.

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Asher Angel e Jack Dylan Grazer em Shazam! | Imagem: Warner Bros.

O humor embala o longa. Cheio de alívios cômicos, Shazam! investe pesado nas cenas engraçadas e isso não é um artifício para tornar o filme mais leve, é a única maneira de se representar corretamente uma criança com super poderes. As piadas são bem colocadas e viáveis, ressaltando a inocência de quem carrega os poderes.

Explicando bem o herói, Shazam! é um filme que agrada aos fãs e os não conhecedores da HQ. Usando de cenas diretas e eficazes, o longa mostra muito bem a criação tanto do protagonista como do seu vilão, sem apelar para momentos super emotivos ou impressionantes. Em certas partes, as referências às histórias em quadrinho do Universo DC e o desenvolvimentos dos outros personagens conseguem empolgar os mais críticos dos fãs – salvo algumas melhorias, é uma adaptação muito fiel.

Shazam! chega aos cinemas como uma ótima estreia e um futuro muito promissor.

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