Tecnologia que permite o acesso de cegos e surdos aos cinemas é testada em São Paulo

Público formado por crianças e adolescentes com deficiências visuais e auditivas assistiu a uma sessão especial do filme 'Turma da Mônica - Laços'. A iniciativa da ABRAPLEX teve o objetivo de apresentar uma plataforma que possibilita acesso à audiodescrição, legenda e linguagem de libras em tempo real e gratuitamente

Para ampliar o acesso de todos às salas de cinema no país, a Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex – ABRAPLEX promoveu nesta quarta (10), uma sessão especial do filme Turma da Mônica – Laços para cerca de 70 crianças e adolescentes com deficiências visuais e auditivas. A ação aconteceu em um cinema da capital paulista com o objetivo de apresentar uma nova tecnologia que dá acesso gratuito e em tempo real à audiodescrição, legenda e Libras (Língua Brasileira de Sinais), durante as sessões.

O público foi formado por alunos da Fundação Dorina Nowill, das escolas Anísio Teixeira e Crispiniano R, e atletas da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos (CBDS). “Estamos em busca de alternativas viáveis e abrangentes que assegurem o direito à cultura. Estamos falando de uma parcela muito significativa da população que, por falta de acesso, ainda não consegue incluir o cinema como parte do seu entretenimento. Queremos mudar essa realidade”, destaca o presidente da ABRAPLEX, Marcos Barros

A missão da ABRAPLEX, com a iniciativa, é, portanto, democratizar ainda mais o acesso à cultura e ao entretenimento, e ampliar a acessibilidade de pessoas com deficiências visuais e auditivas em todas as salas de cinema do País. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE há, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas surdas, cerca de 600 mil pessoas completamente cegas e outras 6,5 milhões que apresentam baixa visão.

Além de ser um desejo da ABRAPLEX, está previsto na Instrução Normativa n°128, da Agência Nacional do Cinema – Ancine, tornar os cinemas mais inclusivos. E cabe às distribuidoras e exibidoras proporcionarem recursos de acessibilidade visual e auditiva ao público. A Lei nº 13.146, de 2015, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, determina que, a partir de 2 de janeiro de 2023, todas as salas de exibição devem estar adaptadas para fornecer recursos de acessibilidade visual e auditiva às pessoas com deficiência nas sessões.

Tecnologia – Considerada intuitiva e de fácil navegação, a inovação testada no evento – um APP para smartphones – funciona da seguinte maneira: a tecnologia implantada reconhece o áudio do filme e o transforma, em tempo real, em audiodescrição, legenda e Libras (Língua Brasileira de Sinais). Assim, o usuário consegue escolher a melhor opção para acompanhar o longa em exibição.

Além dos cinemas, outra vantagem é que a funcionalidade pode ser utilizada para assistir filmes em qualquer lugar, inclusive fora dos multiplex. O aplicativo é gratuito e possui versões para Android e IOS. 

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