Wolverine é, sem sombra de duvidas, o mutante mais conhecido dos X-men. Talvez por isso seja o mais utilizado nas obras da franquia e, por mais que chegue a encontrar seu lugar nos filmes dos mutantes, parece ter dificuldades nas produções solo. X-Men Origens: Wolverine foi um fracasso de crítica e publico e para tentar compensar esse erro chega aos cinemas Wolverine: Imortal, investindo em um mais sombrio.
Baseado nos quadrinhos Eu, Wolverine de Frank Miller e Chris Claremon, o longa mostra um Logan (Hugh Jackman) depressivo por ter matado seu amor, Jean Grey (Famke Janssen). Cansado, ele desiste da vida e vive isolado, até que é encontrado por Yukio (Rila Fukushima), pedindo que ele visite seu mestre e “pai-avô adotivo” Yashida (Hal Yamanouchi), o qual Logan salvou em Nagasaki, e agora está moribundo. Durante a visita, Logan acaba se envolvendo em uma disputa sombria entre a yakuza, a máfia japonesa, e um milenar clã ninja pelo controle das indústrias Yashida.
A trama se diferencia bastante dos filmes de heróis atuais. Com uma pegada de obras espiãs, investe muito na ação e chega bem próximo do Wolverine sanguinário dos quadrinhos. O foco é quase exclusivamente no protagonista, sem o uso de outros mutantes famosos ou participações chamativas para dar ibope, apenas narra a batalha (interna e externa) de um solitário Logan.
Em relação ao visual, a produção dá um show. A fotografia e ambientação no japão tornaram o longa muito bonito de se ver e a direção competente de James Mangold ditam a qualidade de Wolverine: Imortal. Hugh Jackman se mostra novamente muito confortável com seu papel, trazendo um Logan convincente que consegue fazer os fãs dos quadrinhos ignorarem o fato do verdadeiro personagem não medir 1,90 e não ter esse belo visual.
Wolverine: Imortal se diferencia das obras de super-heróis em muitas maneira, inclusive no enorme cunho político representado de maneira correta, sem muito enfeites, tomando uma enorme liberdade criativa na adaptação. Ainda assim, consegue respeitar a visão do mutante no cinema e se torna muito superior ao filme solo antecessor.
Em suma, mesmo não sendo extremamente fiel ao quadrinho original, consegue entreter e agradar o publico, mantendo um roteiro coerente e um belo visual.
Veja a ficha técnica e elenco completo de Wolverine: Imortal
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