Crítica | Truque de Mestre- o 2ª Ato

Truque de Mestre foi um filme interessante. Mesmo com algumas ressalvas conseguiu entreter e caiu na graça do público. Como tudo em Hollywood, algo que faz sucesso não pode parar no primeiro longa e assim surge Truque de Mestre: O 2º Ato (Now You See Me 2), que foca em explicar o motivo do líder dos cavaleiros ter buscado sua vingança na produção antecessora.

Novamente investindo em transformar o roteiro em um grande ilusionismo, a trama começa explicando a infância de Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) e o motivo de seu ódio por Thadeus Bradley (Morgan Freeman) e a partir desse ponto narrando como estão os cavaleiros após quase dois anos dos acontecimentos do primeiro filme. Agora tratados como um tipo de “Robin Hood”, eles ainda possuem o objetivo de expor fraudes que prejudicam o povo. O grupo retorna com Daniela Atlas (Jesse Eisenberg), Resta Merritt (Woody Harrelson) e Jack (Dave Franco) e adiciona Lizzy Caplan para assumir a parte feminina após a saída de Isla Fisher, da qual não se dão ao trabalho de justificar, dispensando apenas uma frase para essa informação.

A direção de Jon M. Chu, que substitui Louis Leterrier, investe mais ainda no grande. Se no primeiro filme os takes sempre em movimento faziam o truque visual, nesse segundo está ainda mais evidente. Na realidade, todo o longa procura deixar tudo maior, os truques são ainda mais impossíveis, a ação é mais explorada e até mesmo o números de locais que o time visita aumenta. A produção lembra a fórmula usada em Velozes e Furiosos, substituindo os carros por mágica.

E esse excesso é novamente o que danifica o longa. Truque de Mestre perdeu um pouco da atenção do público por precisar mastigar as informações a cada ilusionismo empregado e O 2º Ato, por ter investido tanto em grandiosidade, necessita mais ainda dessa explicação. Até mesmo o inteligente truque do desfecho consegue perder a empolgação quando a detalhada explicação entra em cena.

Independente dos erros, Truque de Mestre: O 2º Ato não falha em entreter. Repetindo o elenco de peso do antecessor e ainda incluindo algumas participações interessante, inclusive o irônico papel de Daniel Radcliffe, que idolatra a tecnologia e abomina tudo que envolve mágica, a trama consegue ser fechada e bem explicada (salvos alguns clássicos erros de cena que são captados pelos olhos mais atentos).Com muito mais movimento, o longa tem potencial para agradar os que gostariam de rever os cavaleiros em ação.