Diego Rates está de volta com mais um livro que sai totalmente do ponto de vista tradicional. Se em As Últimas Memórias de um Morto Vivo, ele contava a história através dos “olhos” de um zumbi, desta vem em Os Diálogos de uma cena de Crime, da editora Cult, Rates mergulha na visão totalmente fora do comum de objetos!

Os livros com suspense criminal sempre abordam suspeitos e aquele, ou aqueles, que irão investigar o crime. A busca por digitais, objetos que possam dar pistas e até mesmo a arma do crime, que será analisada de várias formas. Mas aqui, Diego Rates dá vida a exatamente estes objetos, como as impressões digitais, um pano, a arma do crime, entre outros, para contar como tudo aconteceu.

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A narrativa é divertida e lembra os clássicos da Coleção Vagalume, que continham histórias inteligentes e que saiam do tradicional, para apresentar universos – que mesmo fora do comum -, eram coesos e divertidos.

Um ponto interessante, é que toda investigação busca uma forma de se comunicar. Isto é bem visto nas aventuras de Sherlock Holmes, nas obras de Agatha Christie, Philip K. Dick, e tantos outros autores e seus mistérios, onde as evidências sempre possuem uma forma de comunicação.

E ao fazer esse paralelo, mas desta vez com as próprias pistas, Os Diálogos de uma cena de Crime, ganham uma vida totalmente artistica. Observar como as provas conversam entre si, nunca foi tão literal para um livro. E não precisar descobrir quais foram os motivos e o culpado, é muito mais interessante, pois o que importa, como bem escrito por Diego Rates, é todo o desenrolar de sua obra.

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Os Diálogos de uma cena de Crime é um livro rápido, com apenas 83 páginas, mas tão rico, interessante e divertido, que você fica querendo um pouco mais de novos crimes apenas para saber como seriam estas novas conversas.

Sobre o livro Os Diálogos de uma cena de Crime

As evidências falam por si só. Em uma cena de assassinato, as evidências do crime criam a capacidade de se comunicar. Não demora para um embate acontecer entre as provas do crime espalhadas pela casa e as testemunhas do crime, os objetos da casa. Em meio a esse acontecimento caótico, levantamos as questões: Como as evidências criaram vida? Quem é o assassino? Quem é o assassinado? Mergulhe na história e se surpreenda com as reviravoltas.

Sobre Diego Rates

Diego Rates é um apaixonado por literatura. Tendo começado a desenvolver seu hábito de leitura apenas aos 20 anos, pouco antes do início da pandemia global de 2020, ele descobriu uma paixão tão avassaladora pelos livros, que acabou transbordando e se tornou então, um escritor. É o autor da obra As Últimas Memórias de um Morto-Vivo e da obra Os Diálogos de uma Cena de Crime. Contra o sistema. Avant-garde.

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