Um novo filme da Warner/DC chega aos cinemas. É Aquaman, com Jasom Momoa no papel principal.

E o que os fãs podem esperar?

Aquaman

Com tantos altos e muito mais baixos vindos da franquia, Aquaman chega cheio de dúvidas, principalmente com a saída de Henry Cavill do papel de Superman.

E com outras beirando ao Batman, ao filme do Coringa que não faz parte da cronologia e por aí se segue. A DC nos cinemas é uma verdadeira bagunça e sem identidade.

Só que isso parece mudar quando se fala de outros personagens como a Mulher Maravilha e agora com Aquaman.

Este filme é visualmente uma explosão de sentidos. Atlântida é linda, o mar é mostra todo o seu poder e vida através da direção de James Wan.

O mesmo vale para as cenas de batalhas e lutas. Muito bem coreografadas, em uma mistura de artes marciais chinesas e japonesas. O grito de guerra de Momoa, é praticamente havaiano.

As culturas dos povos que vivem do mar, estão ali colocadas de maneira simples e objetiva.

Os personagens são bons, mas param por aí.

Se a história é boa, com um roteiro consistente, o que ele deveria transmitir, fica devendo.

Aquaman como tantos outros filmes, sejam eles de heróis ou não, ainda peca em entregar um vilão a altura. Dificilmente acreditamos que o herói irá fracassar em alguma luta. E mesmo que ele seja ferido ou perca alguma batalha, sabemos que ele irá se prevalecer.

É o óbvio mal contado. Espera-se que o vilão não nos dê apenas medo, mas também traga uma certa dose de dúvida no que ele está fazendo. Era para ter sido assim com o Arraia Negra. Ele tem um motivo para ser o vilão, mas ficou tão jogado em último plano, que em certos pontos do filme nem lembramos de sua existência. E as cenas em que ele aparece, em nada eleva o drama da aventura, a não ser para as cenas de ação.

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O ator Yahya Abdul-Mateen II, que interpreta o Arraia Negra, é ótimo, infelizmente desperdiçado no filme.

Um bom exemplo de vilões, são dois da concorrente, Magneto e Erik Kilmonger. Dois “Eriks!”, talvez esteja aí o segredo da Marvel, em vez de serem “Martas”.

Rei Orm, também era para ser um vilão clássico, mas fica dividido entre em ser megalomaníaco ou ser apenas o cara que tem ódio e inveja do irmão mais velho. E tudo sem sentido.

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Patrick Wilson é um dos melhores atores, aqui também desperdiçado com o Rei Orm
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A história até entrega os motivos dos Atlantes estarem furiosos com os moradores da superfície, mas dificilmente alguém irá ficar comovido. O filme não “mergulha” nenhum pouco nesta discussão. É raso para seco.

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Dolph Lundgren, como o Rei Nereus. Outro personagem com pouca participação mais contundente na trama, limitando-se a ser apenas um conselheiro de Orm.

Felizmente, Aquaman ainda é um filme divertido, com uma interpretação fantástica de Momoa. Ainda mais para um personagem que é piada até entre os fãs e tem uma contra parte em Bob Esponja.

Artur nas HQs possui histórias boas, mas nenhuma realmente memorável. Sua personalidade e reino não são tão exploradas como a de Bruce Wayne, Clark Kent ou Barry Allen.

O que temos é sempre um herói das profundezas lutando contra os males dos seres da superfície e por ser mestiço.

Pelo menos nisso, o Aquaman do filme é melhor. Ele é mais verossímil.

O filme possui uma cena extra durante os créditos, que eleva a esperança de um vilão melhor para a sua sequência.

E prestem muita atenção nas cenas, pois Aquaman traz vários easter eggs, como uma certa boneca Annabelle, que é uma personagem do próprio Jason Wan, entre tantas outras.

Com certeza, Aquaman é um filme, mesmo com pontos negativos em sua abordagem, que vale ser visto pelo menos duas vezes nos cinemas.

E que subam as cortinas! Até a próxima!

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