Resumo

História redonda (na medida do possível), com aventura, suspense, momentos que conseguem arrancar umas risadinhas, personagens interessantes e uma trilha sonora pensada exclusivamente para a obra… com total certeza vale o entretenimento. É importante o incentivo a literatura brasileira. Boa leitura!

Resenha | O Diário de Hass

Os livros de fantasia e suspense com uma pegada de terror tem um cantinho especial no coração do público brasileiro que está acostumado a consumir Stephen King e J.K.Rowling. Fato é que, a literatura nacional tem ganhado bons autores que se aventuram nesse universo que bebe do sobrenatural.

O livro escrito por Helliel Ferraz Pessoa narra a história de um menino de sete anos que é assombrado por terríveis experiências sobrenaturais e pesadelos vívidos que aterrorizam suas noites. Tudo começou depois que um incidente em sua escola despertou nele uma fúria incomum e, incapaz de controlar esse novo, desconhecido e duvidoso sentimento, atraiu para si uma atenção indesejada. Dúvidas, medo, desespero e incertezas compõem seus dias até esbarrar com Bartolomeu, o responsável por oferecer a ele algumas respostas e por fazê-lo conhecer uma nova realidade. O que realmente estava acontecendo com ele? Quem era Hass? Ou melhor, o que era ele? Benção ou maldição? Essa é a sinopse da obra e ao final da leitura se mostrou uma boa opção para os amantes do gênero.

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Em O Diário de Hass percebe-se que boa parte do público teve a sensação de que a trama de H.F. Pessoa tem uma vibe Stranger Things com um pézinho no universo de Sabrina e para quem é fã de Teen Wolf (nunca assisti), se assemelha um pouco. Ao longo da leitura, pude perceber que o texto é bem redondo, com personagens bem desenvolvidos e a riqueza de detalhes é bem interessante. O livro provoca inúmeras sensações e emoções de acordo com a fluidez da leitura como angústia, raiva, aflição e a dúvida de não conseguir confiar em ninguém. O personagem principal, Hass, se encontra nesse dilema e acabamos encarando a aventura com o olhar e os sentimentos do garoto que é uma criança inocente, mas que precisa desbravar o seu próprio caminho.

A história é bem linear, com poucos personagens – então você não precisa se preocupar se vai esquecer de algo porque é bem conciso. E por ter como tema a licantropia – metamorfose do homem em lobo -, um assunto pouco retratado em produções nacionais, é bem interessante. Aliás, o livro foi escrito através de uma experiência vivida pelo autor  o que deixa a história muito mais realista. ⁣A obra que ainda tem um único volume, em breve ganhará uma sequência. O livro, uma publicação independente, está à venda no site oficial e deve ganhar uma sequência em breve.

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Porém, nem só de rasgar seda se vive o leitor. Embora o protagonista seja descrito como superdotado… ter sete anos não cabe para ele, ainda levando em consideração algumas palavras usadas. Talvez se ele fosse um adolecente entre 11 e 13 anos, casaria mais. Mas ok. É uma observação. Outra coisa, por ser uma obra nacional, poderia ter mais traços brasileiros e menos americanizado. Pode não fazer sentido, mas precisamos de mais incentivo a literatura brasileira e o fato de termos muitas influências de fora faz com que quem vá consumir prefira os autores internacionais, pois se depara com livros nacionais que bebem de inspirações americanas, por exemplo.

É muito legal quando um livro faz com que o leitor crie inúmeras teorias e com uma escrita simples e direta faz com que a experiência do leitor seja aproveitada ao máximo. Além de personagens bem escritos e de acontecimentos que servem para o contexto do avanço da trama, os cenários são bem detalhados fazendo com que seja mais fácil de imaginar o universo. Para quem adquire o livro, ganha brindes físicos como marcador de páginas, carta de boas vindas, instruções e selo de autenticidade por fora da embalagem e os digitais – os mais legais – são papéis de parede (para celular e computador) e trilha sonora exclusiva que pode ser resgatada quando o leitor escanear o QR Code que acompanha o livro. 

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O diferencial da obra não é só a história em si, mas toda a experiência criada pelo autor que pensou numa trilha sonora que pudesse acompanhar o leitor na leitura. Algo que faz parte dos filmes e séries de várias franquias e que potencializa a experiência como aconteceu com a 4ª temporada de Stranger Things que pode ser considerada a temporada mais musical pelo grande apelo e sucesso que teve e podemos perceber isso com o Diário de Hass. Além claro dos outros objetos que acompanham o livro que todo amante de livro ama ter como marca página e manual de instruções que se você seguir à risca e se concentrar na leitura, terá um momento pra lá de assustador.

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História redonda (na medida do possível), com aventura, suspense, momentos que conseguem arrancar umas risadinhas, personagens interessantes e uma trilha sonora pensada exclusivamente para a obra… com total certeza vale o entretenimento. É importante o incentivo a literatura brasileira. Boa leitura!Resenha | O Diário de Hass
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